NOVA CAPÃO BONITO – O prefeito Julio Fernando anunciou na última sexta-feira, 14/10, a agenda de inaugurações para o mês novembro.
O objetivo da Administração Municipal é encerrar o mandato entregando importantes obras no município até o mês de dezembro.
Um dos destaques será a inauguração de duas praças localizadas entre as ruas Kantoko Iha, Eugênio Bento Chaves e Walter Jorge na Vila Nova Capão Bonito.
Os detalhes finais com pintura, jardinagem e paisagismo já estão em andamento nas praças.
A rua Kantoko Iha recebeu um grande investimento de infraestrutura que viabilizou tanto sistema de drenagem como pavimentação e calçadas e a inauguração das praças “Edson Kazuhiro Ueda” e “Herculano de Barros Galvão” é a etapa final do projeto, que além de melhorar as condições de acesso, também possibilitará mais espaços de lazer aos moradores.
Os projetos denominando as praças já foram aprovados pelo Legislativo.
Conforme o prefeito Julio Fernando as inaugurações aconteceram no dia 04 de novembro.
“É a etapa final de final de mais um importante investimento na região da Vila Nova Capão Bonito. Na Kantoko Iha, a drenagem e pavimentação transformaram o local que antes em períodos de chuva ficava quase inacessível. O projeto também teve uma atenção especial com os espaços de lazer e essas duas praças com certeza proporcionaram mais qualidade de vida aos moradores. Além disso, as homenagens são merecidas a dois ilustres cidadãos que contribuíram muito com Capão Bonito”, afirmou o prefeito.
Edson Kazuhiro Ueda – mestre da fotografia – Foi sempre considerado um exemplo de honestidade, simplicidade, integridade e dedicação, deixando seus padrões de vida marcados na história do município, servindo de referência para as futuras gerações.
Nasceu no Brasil, em Pereira Barreto (SP) em 1936. Era filho de pais agricultores, com mais de 10 irmãos. A família se mudou ainda para Piedade e depois para São Miguel Arcanjo, por conta das dificuldades n0 campo. Com a família grande e a necessidade de encontrar uma fonte de renda, Edson Ueda e mais dois tios foram para Itapetininga aprender o ofício de fotógrafo com um cunhado deles.
Aos 17 anos o jovem aprendiz começava a trabalhar na Foto Aurora, que até hoje existe em Itapetininga.
Poucos depois o recém iniciado na fotografia se mudaria para Capão Bonito, constituiria família com Urako Ueda e viriam os quatro filhos do casal – Edilson, Cláudio, Shigueo e Eliane. E surgiria assim, também o próprio negócio de Edson: o Foto Ueda, que até hoje é sinônimo de tradição e história na cidade.
Edson dizia que a fotografia perdeu um pouco da graça com a chegada das máquinas digitais, isso nos anos 2000.
A última cobertura fotográfica realizada por ele foi em novembro de 2012, pouco antes de seu falecimento.
Desde a abertura da Foto Ueda, o “mestre Ueda” passaria por todas as evoluções da fotografia: desde quando as imagens eram captadas em placas de vidro, depois as películas ou filmes analógicos (o famoso negativo) até chegar no processo digital.
Ele também fez parte dos registros mais importantes da cidade, como casamentos que marcaram época, eventos políticos e momentos históricos de Capão Bonito.
Herculano de Barros Galvão – um escultor autodidata– Filho de Antonio Maria Galvão e Oraida Barros Galvão, natural de Capão Bonito, residia na rua Dr. Josino de Araújo nº 1.253, área Central, nascido aos 17 de marco de 1917, militando nesta cidades como ferreiro, até sua aposentadoria, sendo um dos homens mais antigos na cidade, pois nunca deixou Capão Bonito, terra que sempre amou.
Serviu o exército no 5º BC em Itapetininga e durante o tempo em que serviu foi condecorado por salvamentos de soldados em rios da região, bem como, na localização de soldados que desapareceram também em rios da região, pois era exímio nadador e mergulhador.
Por volta dos 60 anos de idade se descobriu como artista autoditada, vindo a esculpir na madeira pessoas de sua imaginação, vindo até mesmo a expor suas obras no MASP em São Paulo, onde levou o nome de Capão Bonito.
Herculano veio a falecer por causa natural, na data de 10/05/2011, com a idade de 95 anos e viveu toda sua vida de trabalho, desempenhando suas atribuições como soldador e ferreiro, consertando antigos bicos de arados e outros implementos agrícolas da época.
Deixou os filhos: João Batista de Almeida Galvão, Antonio Vinicius de Almeida Galvão (falecido), Pedro Paulo de Almeida Galvão, José de Arimathéia de Almeida Galvão e foi casado com Aparecida de Almeida Galvão, já falecida.
