A dimensão básica da Sala Verde é a disponibilização e democratização da informação ambiental e a busca por maximizar as possibilidades dos materiais distribuídos, colaborando para a construção de um espaço, que além do acesso à informação, ofereça a possibilidade de reflexão e construção do pensamento/ação ambiental
Por Wagner D´Antonio
MEIO AMBIENTE | Aconteceu na noite da última terça-feira, 28/02, a inauguração da Sala+Verde Paranapanema no Instituto Ideas de Capão Bonito.
A inauguração contou com a ilustre presença do professor e escritor Genebaldo Freire, referência na área ambiental e autor do livro “Percepção Ambiental”.
No evento profissionais da área, sociedade e autoridades também estiveram presentes. O secretário de Desenvolvimento Social – Romano de Oliveira e os diretores de Cultura – prof. Alexandre Mendes, Meio Ambiente – Reinaldo Daniel Jr., Indústria e Comércio – João Carvalho Jr. e Turismo – profa. Janaina Faia representaram o prefeito Júlio Fernando e a primeira-dama e secretária de Educação – Ana Luiza.
A inauguração foi abrilhantada ainda pela apresentação do tradicional Grupo de Fandango de Tamanco liderado pelo conselheiro tutelar Diogo Coelho de Capão Bonito.
A Sala+Verde é um projeto articulado pelo Ideas através da bióloga Jane Fernandes e toda equipe e a Divisão Municipal de Meio Ambiente, sendo considerado uma importante conquista do Setor Ambiental local.
O Projeto Sala Verde também é coordenado pelo Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA) e consiste no incentivo à implantação de espaços socioambientais para atuarem como potenciais Centros de Informação e Formação Ambiental.
“A dimensão básica de qualquer Sala Verde é a disponibilização e democratização da informação ambiental e a busca por maximizar as possibilidades dos materiais distribuídos, colaborando para a construção de um espaço, que além do acesso à informação, ofereça a possibilidade de reflexão e construção do pensamento/ação ambiental”, destacou a bióloga Jane Fernandes.
O diretor de Meio Ambiente Reinaldo Jr. destacou que a implantação da Sala+Verde, é o reconhecimento do MMA a relevância do projeto e certifica que o projeto apresentado está alinhado com as diretrizes e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
“Estão entre as principais ações realizadas pelo MMA em prol das Salas Verdes: acompanhar as atividades realizadas pelas salas verdes; Dar visibilidade às atividades desenvolvidas pela Sala Verde no portal do projeto, grupo de facebook e e-mail; Divulgar o espaço como referência em meio ambiente na área de abrangência geográfica de sua localização; Enviar kits do Circuito Tela Verde para as salas verdes, caso tenham interesse em realizar atividades de educação ambiental utilizando material audiovisual; Disponibilizar, em meio digital, publicações e materiais do MMA, de suas entidades vinculadas e de potenciais parceiros institucionais; Informar sobre a disponibilidade de cursos lançados na Plataforma de Educação à distância do MMA”, explicou Reinaldo Jr.
Uma vida dedicada a causa ambiental – O professor Genebaldo Freire é Bacharel, Mestre (M.Sc) e Doutor (PhD) em Ecologia pela UnB, autor de 19 livros sobre a temática ambiental; tem 44 anos de prática acadêmica e ativismo ambientalista. É o autor brasileiro mais citado nos processos de Educação Ambiental.
Em 2015-2019 cerca de 25 mil pessoas assistiram às suas palestras, conferências e oficinas (oficinestras) em todo o Brasil e no exterior. Com abordagens atuais, inovadoras e instigantes vem promovendo a sensibilização de pessoas em eventos em universidades, empresas e comunidades, a respeito dos cenários e desafios socioambientais postos à sociedade humana. Estimula a ampliação da percepção, e sugere novas práticas, decisões, atitudes e hábitos que resgatem e criem novos valores que reconheçam a essência da vida e tornem a presença humana na Terra mais harmoniosa e feliz.
“Estamos em um processo no qual precisamos destravar a normose, ampliar a percepção e assim conseguir nos sintonizarmos com algo maior, mais profundo, supraindividual, mais consciente; desobstruir as vias da nossa percepção desses coágulos de ilusões. O caminho que temos escolhido até então, para o nosso processo evolutivo – o egosférico – parece ser autodestrutivo. Se quisermos (e pudermos) ainda há tempo para mudanças de rumo. O tempo dirá. Precisamos perceber melhor, e sermos melhores do que temos sido”, afirmou o professor.