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Setembro Amarelo: ensinando a valorizar a vida

SETEMBRO AMARELO – A Prefeitura de Capão Bonito promove neste mês ações e programação especial de conscientização sobre a Campanha Setembro Amarelo.

O Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS I) em parceria com o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo/Casa do Adolescente “Mateus Akira Okamoto” tem procurado abordar o tema com muita conscientização e estímulo a valorização da vida, principalmente entre adolescentes e jovens.

“Viemos para revolucionar o trabalho e promover ações que contemplam tanto a qualificação como a valorização da vida dos nossos adolescentes atendidos”, destacou o coordenador da Casa do Adolescente – prof. Celinho enquanto promovia atividades com os jovens nesta semana. As atividades e dinâmicas tem sido o diferencial principalmente pós período mais crítico de pandemia.

As ações desta semana tiveram participação também do Projeto Jovem Agricultor, do SENAR São Paulo, em parceria com o Sindicato Rural.

Os dois psicólogos do CAPS, Leonardo e Isabela também acompanharam as atividades e destacaram a importância das ações, considerando o alto índice de depressão entre jovens.

“Apesar de o assunto ser delicado, é importante conversamos sobre o suicídio e maneiras como preveni-lo. Muitas pessoas pensam que esse ato é uma realidade distante e que afeta poucas pessoas, mas, infelizmente, os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram o contrário. De acordo com a OMS, a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do nosso planeta. Isso significa que, em um ano, mais de 800 mil pessoas perdem sua vida dessa forma. O Setembro Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio que visa à conscientização da população sobre esse grave problema e formas de evitá-lo. Setembro é um mês voltado para a discussão a respeito do suicídio e formas de evitá-lo”, afirmaram os psicólogos.

A campanha, conhecida como “Setembro Amarelo”, foi criada no Brasil, em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Essa é uma campanha de extrema importância, uma vez que o suicídio é um problema grave de saúde pública e que, muitas vezes, pode ser evitado.

As causas do suicídio são variadas e, segundo o CVV, especialistas identificam transtornos mentais na maior parte das pessoas que se suicidam ou que tentam fazê-lo. Dentre os principais transtornos observados, destacam-se a depressão na forma simples, a depressão na forma bipolar, a dependência química e a esquizofrenia.

Entretanto, não se pode afirmar que todas as pessoas que cometem suicídio apresentam esses transtornos. Muitas vezes, o suicídio acontece de maneira impulsiva diante de algumas situações muito impactantes e inesperadas da vida, como final de relacionamentos, perda de pessoas queridas, abusos ou mesmo crises financeiras. O suicídio também é comum em pessoas que sofrem discriminação, como refugiados, imigrantes, gays, lésbicas, transgêneros e intersexuais.

“Quando entendemos que o suicídio é uma realidade e que pode afetar pessoas a nossa volta, fica mais claro que é fundamental conversar a respeito. Os suicídios podem ser evitados, não queremos de forma alguma perder jovens com talentos e uma vida para construir”, destacou o coordenador Celinho, que faz questão de participar das atividades.

Celinho tem utilizado a experiência em sala de aula para com sua equipe da Casa do Adolescente viabilizar um atendimento diferenciado e estratégico aos adolescentes e jovens.

Como podemos ajudar na prevenção do suicídio?

De acordo ainda com a assistente social Aline Vendrami, do CAPS I de Capão Bonito, para contribuirmos na prevenção do suicídio, devemos ser capazes de perceber os sinais de alerta que uma pessoa emite.

“Se você perceber que uma pessoa, por exemplo, está desinteressada (até mesmo das atividades de que gostava), não tem mais a mesma produtividade na escola ou no trabalho, está isolando-se de amigos e parentes, descuidando-se da aparência, não se importa mais com suas atividades diárias ou diz muitas frases relacionadas à morte, isso pode ser sinais de que aquela pessoa está precisando de ajuda. O primeiro passo é conversar com essa pessoa, mas aqui fica uma dica importante: deixe que a pessoa fale, sem emitir julgamentos ou opiniões sobre o assunto. Deixe bem claro que sua vontade é apenas ajudar. O que devemos lembrar sempre é que não devemos medir a dor dos outros pelas nossas experiências pessoais e entender que o que não nos afeta não necessariamente não causa dor e sofrimento no outro”, explicou Vendrami.

Para os psicólogos, uma conversa tranquila e sem julgamentos pode ser fundamental para ajudar uma pessoa.

É importante sempre incentivar a pessoa que está apresentando sinais de que pretende cometer suicídio a procurar ajuda especializada. Em casos visivelmente graves, é essencial que a família tenha conhecimento da situação, bem como amigos próximos, para que a pessoa seja acolhida e estimulada a procurar ajuda.

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