Professor lançou livro sobre Dulce Guimarães

NOVIDADE LITERÁRIA – O professor capão-bonitense Carlos Eduardo Souza Queiroz lançou em dezembro um livro muito elogiado sobre a profa. Dulce Guimarães.

O lançamento da obra, que reúne contos e poemas da ilustre personagem que marcou a história de Capão Bonito, contou com a presença de educadoras e pessoas ligadas a cultura da cidade.

Dulce Guimarães Carvalho, nasceu em 1934, na cidade de Sorocaba.

Nas páginas d’“O Bandeirante”, jornal capão-bonitense, a professora ficou conhecida por denunciar os mandos e desmandos dos governadores; os maus serviços prestados por empresas de ônibus; as péssimas condições das escolas para o ensino noturno; os livros didáticos com respostas que serviam de muleta aos professores preguiçosos e todos aqueles que queriam calar sua voz.

Segundo levantamento histórico e biográfico feito pelo autor Carlos Eduardo Queiroz, quando chegou em Capão Bonito, no ano de 1966, Dulce Guimarães lecionou Educação Moral e Cívica, Estudos Sociais, História e Língua Portuguesa na Escola Normal Municipal “Leonor Mendes de Barros” e no Colégio Estadual Raul Venturelli.

Em 1971, foi nomeada, através de concurso público, diretora do CERV e foi ela que, até hoje, esteve por mais tempo no cargo, elevando o colégio em posição de destaque no Estado de São Paulo.

Em 1972 ganhou o primeiro lugar com a letra da canção “Morena Flor” e em 1973 com “Balada para um sonho de amor”, no FIMA (Festival Intermunicipal de Música Amadora).

Sua produção literária contemplou a poesia e o conto.

Na poesia tratou dos temas corriqueiros, banais, como no poema “Vizinhança”; do amor em “Canto”, da infância em “Ciranda das Meninas” e das dores e delícias de ser mãe e educadora em “Testamento aberto de um poeta vivo”.

No conto, tratou da homossexualidade feminina em “A árvore e as raízes” e da condição da mulher numa sociedade machista em “Penélope”, “Zefa Louca”, “Floriza”e  “A Solteirona”.

“Dulce Guimarães foi diretora, professora, poeta, contista e articulista-, é uma daquelas raras figuras que aparecem de tempos em tempos para balançar as estruturas de uma cidade. E não podemos deixar que essas figuras sigam esquecidas nas páginas perecíveis dos jornais”, destacou o escritor prof. Carlos Eduardo Queiroz.

Presentes no lançamento, professoras e diretoras ilustres como Heloisa Arrunategui, Emilia Miyada e Marizete Basílio elogiaram a obra e o empenho do escritor Carlos Eduardo no resgate da história e legado de Dulce Guimarães para a educação e cultura do município.

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