100 ANOS DE HISTORIA – Em 2011, a maior igreja pentecostal do Brasil, Assembleia de Deus, completou 100 anos de militância no País.
Vinda de um universo batista, a igreja foi fundada pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, em Belém do Pará.
Em 18 de junho de 1911, fundaram a Missão de Fé Apostólica que mais tarde, em 1918, ficou conhecida como Assembléia de Deus.
Na semana passada o prefeito Julio Fernando ganhou dois exemplares (Edição Especial) dos pastores Paulo Arantes e Daniel Arantes da Assembleia de Deus Ministério de Madureira de Capão Bonito.
Os livros foram entregues com uma dedicatória especial do pastor Paulo Arantes.
Um dos exemplares irá compor o acervo da biblioteca pessoal do prefeito e o outro foi enviado a Biblioteca Municipal para que toda à população tenha acesso.
No livro também existem trechos especiais dedicados ao bispo Manoel Ferreira, que pastoreou a Igreja Assembleia de Deus Madureira de Capão Bonito no início do seu ministério e da história e congregações no Estado de São Paulo, inclusive de Capão Bonito através de depoimentos do pastor Paulo Arantes.
“É um documento histórico de uma igreja muito importante para a história do evangelismo do nosso país e de Capão Bonito. É um honra ter esses livros e conhecer mais profundamente a história. Além disso, fico muito feliz que Capão Bonito tenha feito parte da maravilhoso ministério do bispo Manoel Ferreira, um dos grandes homens de Deus no Brasil”, alegou o prefeito.
História – Uma congregação da Igreja, no bairro Palma, em Santa Maria/RSA Assembleia de Deus chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em Belém, capital do Estado do Pará, em 18 de Junho de 1911, vindos da Suécia.
A princípio, frequentaram a Igreja Batista, denominação a que ambos pertenciam na Suécia. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas espirituais (estranhas) — como a evidência inicial da manifestação para os adeptos do movimento. A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos Estados Unidos (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discípulos, um pastor leigo negro, chamado William Joseph Seymour, na rua Azusa, Los Angeles, em 1906.
A nova doutrina trouxe muita divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembleias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desligados e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão de Fé Apostólica, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assembleia de Deus, em virtude da fundação das Assembleias de Deus nos Estados Unidos, em 1914 em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.
A Assembleia de Deus no Brasil expandiu-se pelo estado do Pará, alcançaram o Amazonas, propagou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira.
A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, a Assembleia de Deus no Brasil passou a ter autonomia interna, sendo administradas exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembleias de Deus dos Estados Unidos através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação.