Público de mais 1.200 pessoas acompanhou apresentação no Salão de Eventos do Parque das Águas
Por Wagner D´Antonio
ESPETÁCULO GRATUITO – Um momento cultural memorável! Assim se pode chamar a noite do último dia 09 de junho, quando a Orquestra Sinfônica da Polícia Militar do Estado de São Paulo realizou uma grande apresentação gratuita e inédita no Salão de Eventos do Parque das Águas de Capão Bonito.
A apresentação foi o ato final da programação de comemoração dos 165 anos da cidade.
A orquestra foi aplaudida de pé por um público de mais de 1.200 pessoas que se mostrou surpreso em muitos momentos pelo repertório diversificado da orquestra.
Quem abriu em grande estilo a apresentação foi o Grupo de Choro de Capão Bonito “Os Cascatinhas” (Música Pixinguinha) que também foi muito elogiado.
Ao som de clarinetes, saxofones, trombones, cornetas, flautas, trompas, entre outros, o corpo musical da PM sob a batuta do maestro e Capitão Jássen Feliciano e do Subten PM Sérgio Villas Boas, trouxe para Capão Bonito um repertório eclético, apresentando diferentes gêneros que foi das músicas eruditas dos maiores compositores do planeta a músicas regionalizadas e até sertanejo tudo como muito bom gosto.
A Prefeitura de Capão Bonito através das Secretarias de Governo, Educação e a Divisão de Cultura providenciou todos os detalhes e logística para receber a sinfônica pela primeira vez na cidade.
A Banda Sinfônica pertence ao Corpo Musical, unidade sesquicentenária criada em 7 de abril de 1857, quando no início, contava com apenas dezessete soldados e um sargento mestre, com a missão de levar entretenimento às praças aquarteladas.
A Orquestra é composta pela Banda Sinfônica, duas Seções de Banda, Coro Masculino, Camerata e Jazz Band, além de outras formações extraídas desses grupos.
Atuam em solenidades civis e militares junto à comunidade paulista, prestando diversos serviços sociais em hospitais, casas de repouso, orfanatos, entre outras instituições.
A comandanta do 54º Batalhão de Polícia Militar de Itapeva, coronel Adriana Duch ressaltou a importância de mostrar este lado cultural da Polícia Militar para os municípios do Estado.
“São grandes policiais e músicos. Quero esclarecer que os integrantes são policiais como qualquer um de nós que vão às ruas manter a ordem, fazem patrulhamento e garantem a segurança. Por isso, são tão especiais. Agradeço muito ao prefeito Júlio Fernando pela parceria, não medindo esforços para trazer a orquestra à região e proporcionar à população este momento especial de alento, alegria e cultura depois de enfrentar uma gravíssima e impactante pandemia”, destacou a comandante.
Diante do grande sucesso e repercussão da apresentação que também foi acompanhada ao vivo pelo internet, o prefeito Júlio Fernando já garantiu um literal “bis”, com a apresentação da orquestra novamente em Capão Bonito em 2023. Aguardem!
História – Fundado em 7/4/1857, com 17 componentes e mais um sargento mestre, o Corpo Musical a princípio tinha como função levar entretenimento aos praças aquartelados.
Foram esses músicos que acompanharam os policiais pela Estrada das Lágrimas, quando desciam a serra do mar rumo ao porto de Santos e, dali, rumo ao teatro de operações da guerra do Paraguai (1864-1870), recebendo-os, posteriormente, de retorno do front, quando voltavam a São Paulo.
Sua primeira apresentação pública foi em 6/11/1892, na inauguração do Viaduto do Chá. A partir daí, a Banda Sinfônica passou a se apresentar em outros momentos importantes na capital, como as inaugurações da Avenida Paulista e Teatro Municipal. O Corpo Musical já dividiu o palco com artistas como Agnaldo Rayol, Inezita Barroso, Chitãozinho & Xororó e Demônios da Garoa.
A Banda Sinfônica é considerada patrimônio histórico-cultural paulista e tem como característica a execução de peças eruditas e populares, diferindo de uma orquestra pelos instrumentos utilizados em sua formação.
Para o policial ingressar no Corpo Musical é necessário exercer por dois anos as atividades policiais para depois passar por uma avaliação. Geralmente os participantes são músicos por opção, uma vez que a PM não mantém cursos de formação, só de aperfeiçoamento, dentro da própria instituição. O trabalho com a música é feito em apenas metade da carga horária de serviço, pois os policiais músicos continuam a atuar no policiamento ostensivo.