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‘Megatério’: a preguiça gigante que habitou Capão Bonito a milhões de anos

O mamífero tinha o tamanho de um elefante e podia ser encontrado tanto nas Américas do Sul e do Norte

Por Wagner D´Antonio

Fontes: Freguesia Velha e Museu de Zoologia de São Paulo

GIGANTE PRÉ-HISTÓRICO | Em 1788, o pesquisador Manuel Torres encontrou ao norte da Argentina, o fóssil de uma preguiça gigante, chamada de Megatherium, que conforme repercutido National Geographic, significa “Besta gigante”.

O intrigante mamífero despertou o interesse da comunidade científica, que constata que o animal tenha habitado a Terra durante o Mioceno e desapareceu no final do Pleistoceno, sendo encontrado nas Américas do Sul e do Norte.

A pesquisa e busca sobre o Megatherium aumentou nesta semana depois que o Blog  e Grupo no Facebook Freguesia Velha, que realizou um belo trabalho de resgate histórico sobre vários fatos do município, destacou o fóssil da preguiça gigante encontrada próximo da Caverna do Sumidouro (Capão Bonito/Ribeirão Grande).

Segundo o Freguesia Velha, Anna Affonso foi até o Museu de Zoologia em São Paulo, onde está exposto o fóssil e fez as fotos impressionantes do ‘gigante morador’

Estudos e teorias – Aproximadamente um ano após a descoberta de Manuel Torres, o fóssil foi levado ao Gabinete de História Natural de Madrid, localizado na Espanha. No local, os restos da preguiça gigante foram remontados por Juan Bautista Bru.

A partir da reconstituição do animal, o anatomista francês Georges Cuvier fez um trabalho minucioso para determinar as características e origens do curioso mamífero. O especialista foi o responsável, ainda, por catalogá-lo como Megatherium americanum, que no Brasil ficou conhecido como Megatério.

Embora a semelhança do animal com as atuais preguiças arbóreas, Cuvier não acreditava na teoria da evolução da espécie, segundo o Mundo Pré Histórico.

Ao longo dos anos, diversas teorias surgiram para tentar explicar o modo de vida das “bestas gigantes”. Contudo, a hipótese mais aceita pela comunidade científica é que assim como as preguiças arbóreas, o animal vivia na terra.

Buscando sobrevivência, o incrível Megatherium utilizava suas grandes garras para arrancar galhos e até mesmo árvores inteiras. Tal fato permitia que o majestoso mamífero conseguisse se alimentar de uma enorme quantidade de folhas.

A anatomia – Considerado um dos maiores mamíferos terrestres da História, o Megatherium tinha características peculiares e únicas, que ainda hoje, são difíceis de encontrar em outras espécies.

Conforme repercutido pelo site da Superinteressante, devido às garras cumpridas, o animal não apoiava as solas dos pés, mas sim as laterais.

Além disso, a “besta gigante” era herbívora e podia chegar a ter o tamanho de um elefante.

Estudos recentes também apontam que o animal possuía uma língua longa.

A ‘imagem’ do bicho foi feita pelo artista Benjamin Waterhouse Hawkins, que ilustrou um Megatheriumamericanum com focinhos alongados.

Contudo, mesmo com os avanços da ciência, muitas questões ainda são um mistério para os especialistas, como, por exemplo, o modo que o animal pesado se locomovia.

Mesmo após séculos de pesquisas, a comunidade científica busca preencher lacunas sobre a vida do Megatherium, como o fator que teria causado a sua extinção.

Dentre as possibilidades, uma das especulações teria sido a redução do habitat natural, impactando diretamente na sobrevivência dessa espécie.

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