Com violas caipiras, campaniças ou beiroas, trio parte em busca das afinidades sonoras entre Portugal e Brasil
Por Wagner D´Antonio
MÚSICA | O grupo português Violas EnCantadas será o grande destaque no início das comemorações dos 168 anos de Capão Bonito, com uma apresentação única na noite de sexta-feira, 28 de março, no auditório do Centro Educacional Paulo Freire.
O espetáculo promete emocionar e encantar o público ao reunir os ritmos da cultura portuguesa e brasileira, celebrando as afinidades sonoras entre os dois países.
Os convites, limitados, podem ser retirados gratuitamente no Centro de Capacitação e no Fundo Social de Solidariedade.
A apresentação terá início às 20 horas, e a expectativa é de um público animado para prestigiar esse evento imperdível.
Na última quarta-feira, 26 de março, o prefeito Júlio Fernando, a primeira-dama Ana Luiza, o vice-prefeito Roberto Tamura e outros membros da equipe de governo receberam os músicos do Violas EnCantadas, além do luthier Anélio Amílcar Ferroni e sua esposa Margarete Ferroni, dando início à jornada do grupo em Capão Bonito.
O Violas EnCantadas é um projeto musical que surgiu da amizade entre dois músicos de diferentes países: o português José Barros e o brasileiro Fernando Deghi, que, juntos com Ricardo Fonseca, outro português apaixonado pelas violas tradicionais, decidiram explorar as afinidades culturais entre Portugal e Brasil. Apesar da distância geográfica, os três músicos demonstram que as violas — instrumento tradicional de ambos os países — são a ponte que une essas duas nações.
O projeto destaca as violas tradicionais portuguesas, como a campaniça, beiroa, braguesa, entre outras, que acompanharam os emigrantes portugueses em sua jornada para o Brasil. Com o tempo, essas influências atravessaram o oceano e deram origem à viola caipira brasileira, um instrumento com identidade própria e rica história.
O grupo Violas EnCantadas explora como, apesar das diferenças, as violas têm características em comum que as tornam instrumentos versáteis, capazes de criar uma sonoridade única.
A apresentação do trio promete misturar ritmos como o fado, o folk e outros estilos tradicionais da cultura lusitana, criando uma experiência musical que tocará os corações de quem estiver presente no Centro Paulo Freire.
O espetáculo será uma verdadeira celebração das raízes musicais compartilhadas entre os dois países, mostrando que, embora separados pelo mar, a música e a cultura são pontes que nos unem.