Junior Vulcano é eletricista e criador de colônias de abelhas nativas sem ferrão em Capão Bonito. Atividade passou de hobby para fonte de renda ao meliponicultor, que recebe ajuda da esposa, Gislaine Martins
FONTE: Por Beatriz Pereira*, g1 Itapetininga e Região
MELIPONICULTURA|O eletricista de redes Junior Vulcano, de 31 anos, sempre foi fascinado por animais e pela natureza. Desta paixão, ele criou uma nova fonte renda com a meliponicultura em Capão Bonito.
A atividade que é facilmente confundida com a apicultura, consiste em criar abelhas sem ferrão de forma racional.
Ao g1, o rapaz contou que seu bisavô era apicultor e que este contato com os insetos sempre esteve presente na família.
O que faz o meliponicultor? – Um meliponicultor cria abelhas em meliponários – ambientes com equipamentos necessários para a criação racional. Colônias podem ser produzidas ou multiplicadas, fornecendo mel, própolis, pólen e cera.
O criador Junior explica que a atividade é totalmente segura e oferece diversos benefícios.
“As abelhas não têm ferrão, são espécies mansas e não oferecem risco para ninguém, somente benefícios, como a polinização das matas, serviço que pode ser cobrado, recursos medicinais e a produção de colônias”, destaca.
Há quase três anos atuando na área, hoje, ele e a esposa, Gislaine Martins, têm mais de 300 caixas com colônias de abelhas. O casal obtém renda através da venda das caixas e do extrato de própolis.
Segundo Junior, as abelhas possuem comportamentos, que facilitam na criação e na produção dos recursos.
“Elas trabalham, coletam recursos em um raio de 2 a 3 quilômetros e voltam cada uma pra sua colônia. (…) Cada enxame tem uma rainha, zangões, tem os operários”, explica o meliponicultor.
Redes sociais – O meliponicultor de Capão Bonito também produz conteúdo para a internet. Seu perfil no Tik Tok já atingiu a marca de 20 mil curtidas (veja abaixo).
Os vídeos de Junior apresentam curiosidades sobre os insetos, mostram as abelhas em ação no dia-a-dia, e de acordo com ele, ajudam a conscientizar pessoas com relação a preservação da espécie.
“A missão é levar conhecimento e conscientização para as pessoas, mas também quero ajudar quem está começando. (…) A gente quer mostrar que é uma forma de gerar renda, ou se não, levar um alimento saudável pra mesa dessas pessoas, além de ajudar o meio ambiente e as abelhas” .
*Colaborou sob a supervisão de Matheus Arruda