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Capão Bonito realizará 1º Encontro Anual do Grupo “Largando o Cigarro”

Por ano, cerca de 5,6 milhões de pessoas morrem no mundo por fatores atribuídos ao tabaco — o equivalente a 10 pessoas por minuto

LARGANDO O CIGARRO – Na próxima segunda-feira, 22/02, acontece em Capão Bonito, das 19 às 21:30 horas, o 1º Encontro Anual do Grupo “Largando o Cigarro”.

O evento será realizado no Centro de Convenções “Joel Humberto Stori” na Praça Cunha Bueno.

Segundo a enfermeira Luana Daniel Guimarães, o evento não será aberto a população e tem como objetivo reunir os participantes para compartilhar as experiências e finalizar o tratamento de alguns que receberão alta após 12 meses sem fumar.

“Teremos a parceira da Grupo Voluntário de Combate ao Câncer (GVCC) com o assunto da incidência dos cânceres relacionados ao cigarro no município”, informou Luana Daniel.

A importância de parar de fumar – De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), as doenças relacionadas ao tabaco matam mais que tuberculose, Aids e malária juntas.

Por ano, cerca de 5,6 milhões de pessoas morrem no mundo por fatores atribuídos ao tabaco — o equivalente a 10 pessoas por minuto. A estimativa é que em 20 anos esse número suba para 8 milhões – e que 80% dos óbitos ocorram em países com menor renda.

Um dado ainda mais dramático: mais de 10% dos óbitos pelo tabaco são de não fumantes — que morrem por inalar fumaça de segunda mão. A OMS já considera o problema uma epidemia global. No Brasil, os dados são igualmente alarmantes. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), 11% das mortes do país são relacionadas ao tabaco. Nove entre 10 vítimas de câncer de pulmão são fumantes. Parar de fumar equivale, portanto, ao seguro de vida mais barato e mais eficiente que existe

Desde o fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis. Ele é o mais mortal entre os tumores malignos e a principal doença relacionada ao cigarro. De acordo com o Inca, a última estimativa mundial apontou incidência de 1,82 milhão de casos novos de câncer de pulmão para o ano de 2012, sendo 1,24 milhão em homens e 583 mil em mulheres. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Informa o oncologista Tiago Kenji Takahashi, médico especialista em câncer de pulmão no Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula (IOSP): “Comparados aos não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver o câncer de pulmão. E, geralmente, os sintomas aparecem apenas quando a doença já está avançada: tosse frequente, mudança no padrão da tosse, tosse com sangue, rouquidão, chiado no peito, falta de ar e dor no tórax”.

E as vantagens de parar de não fumar ou parar de fumar não beneficiam apenas a saúde: “Costumo dizer para meus pacientes que, tomando por base um maço de cigarros ao preço médio de R$ 4,50, em 20 anos o indivíduo gastará R$ 32.850. Ou seja: se parar de fumar, além de viver mais e nelhor, ele pode comprar um carro popular 0 Km em 20 anos ou fazer uma viagem para o exterior em cinco anos”, diz o oncologista.

Para quem não fuma, mas convive com fumantes, Dr. Takahashi aconselha evitar ao máximo o contato com a área de influência da fumaça do cigarro – sobretudo em casa, um ambiente mais fechado. E se o tabagista está em tratamento, é importante que a família e amigos saibam lidar com as possíveis recaídas. “Em média, é na terceira tentativa que a interrupção definitiva é alcançada pelo paciente”, conclui o médico.

Outras doenças – Além do câncer de pulmão, o cigarro pode causar cerca de 50 outras doenças, especialmente problemas ligados ao coração e à circulação. Cada tragada é responsável pela inalação de aproximadamente 4700 substâncias tóxicas – entre estas, as principais são a nicotina, associada aos problemas cardíacos e vasculares, o monóxido de carbono (CO), que reduz a oxigenação sanguínea no corpo, e o alcatrão, que reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.

Os principais estragos no corpo produzidos pelo cigarro:

Boca: mau hálito, irritação da gengiva, aparecimento de cáries, alteração nas papilas gustativas (que afeta o paladar) e aumento do risco de câncer de boca.

Cérebro: a dificuldade de circulação sanguínea pode comprimir os vasos e aumentar a pressão arterial, resultando em um derrame cerebral.

Coração: aumento do colesterol total, da pressão arterial e da frequência cardíaca, que pode subir até 30% durante as tragadas. Além disso, todo fumante é mais propenso a ter infarto.

Corrente sanguínea: o fumante está mais sujeito a problemas relacionados à circulação, como aneurisma, trombose, varizes e tromboangeíte obliterante, doença que afeta as extremidades do corpo, podendo levar à amputação de membros.

Estômago: náuseas e irritação das paredes do estômago. As substâncias tóxicas do cigarro também podem gerar gastrite, úlcera e câncer no estômago.

Fígado: a nicotina é metabolizada no fígado e, consequentemente, aumenta a chance de desenvolver câncer no órgão.

Pulmão: os tecidos dos pulmões perdem a elasticidade e são destruídos aos poucos. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma dessas doenças e manifesta-se de duas maneiras: enfisema pulmonar e bronquite crônica. Das mortes provocadas por esses problemas, 85% estão associadas ao cigarro. Ela geralmente se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão pelas toxinas do cigarro.

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