MORTALIDADE INFANTIL – Boletim elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde de Capão Bonito neste mês aponta para uma taxa de mortalidade de 12,93 por 1.000 nascimentos.
A taxa é superior a de 2009, onde a cidade foi destaque regional ao conseguir uma taxa de 7,56 – a melhor da história da cidade.
Segundo a Secretaria de Saúde, os profissionais da saúde do município tinham consciência que seria difícil manter a taxa em um dígito de 2009, mas mesmo com a elevação a cidade tem índices menores do que o Estado – 13,88 e região 14,5.
De acordo com a Secretaria de Saúde, as mortes foram inevitáveis, pois aconteceram em casos com histórico de gravidez tardia e com outros fatores de risco. Além disso, a cidade registrou mais nascimentos comprando 2009 com 2010. Conforme planilha, em 2010, nasceram 696 crianças em Capão Bonito.
“A taxa de mortalidade é uma coisa que nos preocupa muito nos relatórios sobre saúde pública e desde 2009 acompanhamos mês a mês os resultados. É preciso um trabalho intenso, ininterrupto e preventivo para manter o índice equilibrado e estamos contando com o apoio dos profissionais do setor, médicos e entidades. A meta da administração é manter o índice em um dígito nos próximos balanços. Sabemos que não fácil, mas não podemos ficar dando desculpas. Temos evoluído muito na questão da saúde pública, com o governo municipal aplicando valores bem acima do recomendado em saúde e temos certeza que vamos avançar mais nesta questão. Importante destacar também que em gestões passadas o índice variava entre 16 e 18 por 1.000 nascidos vivos”, explicou a Secretaria Municipal de Saúde.
Medidas para manter índice equilibrado – A expectativa para fazer recuar o índice é positiva, com a conclusão das obras na Santa Casa de Capão Bonito, compra de novos aparelhos como o Cardiotocógrafo (equipamento não invasivo destinado à Clínicas Obstétricas, Salas de Parto em hospitais/maternidades e consultórios médicos), além da redução do tempo de atendimentoi e ampliação do pré-natal. A principal meta também da Secretaria de Saúde de Capão Bonito e trabalhar com prevenção.
A mortalidade no Estado – A mortalidade perinatal vem caindo gradualmente no Estado, com estabilidade em alguns anos. A comparação, neste caso, deve ser entre longos períodos, assim como na mortalidade infantil.Em 2001 o índice foi de 17,7. Em 2002, 17,4. Em 2003, 15,7. Em 2004, 15,8. Em 2005 a taxa passou para 14,5. Em 2006, 14,4. Em 2007 e 2008 o índice ficou em 14,0, caindo para 13,8 no ano seguinte.A taxa de mortalidade perinatal é considerada um importante indicador de saúde pública, uma vez que com a acentuada queda na mortalidade entre o período de sete dias e o primeiro ano de vida, cerca de metade das mortes infantis concentram-se na primeira semana após o nascimento.
“Os dados apontam a correção das políticas públicas de saúde que São Paulo vem adotando. O desafio, agora, é aprimorar este indicador e suprir eventuais carências regionais, proporcionando suporte para que os municípios possam aperfeiçoar cada vez mais a assistência à gestante, ao parto e aos recém-nascidos”, diz Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.
Nos últimos três anos, a Secretaria adotou o Advanced Life Support in Obstetrics, idealizado pela American Academy of Family Phisicians e ministrado no país pela Also Brasil, com objetivo de qualificar médicos e enfermeiras-obstetras para o atendimento de emergências obstétricas. Também houve treinamento específico de pediatras da rede pública, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, com enfoque em reanimação neonatal.
A assistência às gestantes também vem sendo aperfeiçoada ao longo dos anos. Levantamento da Secretaria aponta que 76,1% das grávidas do Estado de São Paulo passam por pelo menos sete consultas de pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde, superando o mínimo de seis atendimentos recomendados pelo Ministério da Saúde e o de quatro estabelecidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Essa cobertura, referente a 2008 (último ano disponível) é 41% superior ao registrado no ano 2000, quando 53,8% das gestantes recebiam pelo menos 7 consultas de pré-natal no Estado.