Por Wagner D´Antônio
EM BRASÍLIA | O ex-vereador e membro atuante do Conselho Municipal dos Diretos da Pessoa com Deficiência – Luciano Bernardo de Almeida (Luciano Baixinho) representou Capão Bonito como delegado na 17ª Conferência Nacional de Saúde realizada em Brasília.
Segundo Luciano, desde a última Conferência Estadual de Saúde, que ocorreu em maio, em Campinas, ele vinha se preparando para representar a cidade na Conferência Nacional.
Foram quatro dias intensos e o capão-bonitense pode dar sua importante contribuição para fortalecer o nosso SUS.
“Foi uma experiência enriquecedora e gratificante, em que pude trocar conhecimentos e informações com pessoas de diferentes lugares do país. Estou ansioso para aplicar tudo o que aprendi neste evento em minha prática diária e contribuir ainda mais para a saúde pública em minha cidade”, destacou Luciano Bernardo.
Problemas na logística – De acordo ainda com ele, durante a Conferência Nacional foram vivenciados problemas que não aconteceram na edição anterior em 2019.
“Naquela ocasião, recebemos as passagens com antecedência, e as pessoas com deficiência tiveram prioridade para ficar nos hotéis mais próximos e acessíveis. Diferentemente disso, muitos delegados da delegação de São Paulo tiveram suas passagens entregues apenas horas antes da viagem para o aeroporto de Congonhas. Infelizmente, alguns cadeirantes tiveram dificuldades até para tomarem banho no primeiro dia pois seus hotéis não possuíam cadeira de banho item básico, e, no caso da minha equipe da DRS de Sorocaba, ficamos hospedados em um local que ficava a uma hora do local da conferência. Além disso, por conta do vôo ter sido de última hora, chegamos tarde ao evento no primeiro dia e somente após as 22 horas, fomos conseguir hotel. Conseguimos fazer nosso check-in mais ou menos meia-noite, enquanto outras pessoas tiveram que esperar até as 3 horas da manhã para chegarem em seus hotéis”, explicou.
“Apesar de todos os perrengues que passamos, o que levarei para sempre serão as oportunidades de reencontrar amigos que conquistei há quatro anos e de fazer novas e grandes amizades com pessoas de todo o território brasileiro, tendo a chance de trocar experiências. Não citarei os nomes de todos para não correr o risco de cometer uma injustiça ao esquecer alguém. Mas, diante do momento que tive problemas com minha visão, agradeço imensamente às minhas amigas da delegação de Itapeva, Alda Carvalho, Marlene Hairs e a Rosane Pontesl. Também sou grato ao meu novo amigo Sesidio Ribeiro e outros que ficaram ao meu lado pelo restante da conferência”, acrescentou.
Contatos importantes em Brasília – O delegado de Capão Bonito também não escondeu seu desapontamento ao ver que uma conferência que contava com quase 6 mil delegados registrados acabou por ter menos de 1500 votantes no momento decisivo.
“Na minha opinião, as discussões políticas deveriam ter sido adiadas para depois do fim da conferência, já que o principal objetivo de nossa ida a Brasília era justamente discutir questões relacionadas ao tema em pauta. Mas fico feliz em saber que a Conferência Nacional de Saúde superou todas as expectativas, tendo sido a que teve maior participação da população com deficiência. A inclusão é um direito de todos, e é fundamental que a sociedade como um todo se esforce para garantir que esse direito seja respeitado. No dia 5, durante a presença do presidente Lula no evento, eu tive quatro agendas no Congresso Nacional e no Anexo um do Palácio. Um deles foi com meu amigo Lennon Custódio, assessor do Delegado da Cunha (deputado federal) entre as pautas relacionados a segurança, também defendi a pauta do Esporte Inclusivo. Outra agenda foi com Mariana, assessora de Maria Rosa (deputada federal) defensora das pautas relacionadas às PcD. Para encerrar, fui novamente ao gabinete da senadora Mara Gabrilli para reforçar alguns pedidos de recursos para minha querida Capão Bonito. Quando saía do Senado, tive a oportunidade de cumprimentar Gilberto Kassab, presidente do PSD e secretário de Governo e homem-forte do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas. E para concluir, nesses 4 dias, aprendi muito. Acredito que uma sociedade mais justa e equitativa se constrói com políticas sociais efetivas e duradouras, sem cair no populismo, assistencialismo ou fanatismo extremo”, concluiu Luciano Bernardo.
