RECICLAGEM – O setor econômico de reciclagem de Capão Bonito deverá ganhar um novo impulso com o PLano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos que será entregue oficialmente neste ano pela Prefeitura Municipal em parceria com a Ong Pé de Planta de Sorocaba.
A coleta seletiva é realizada por uma entidade de catadores, mas o serviço é insuficiente para atender 100% do município e com isso, todo o volume do material considerado como reciclável não é reaproveitado como “matéria-prima”, deixando desta forma, de transformar “lixo” em “produto comercial”.
Já o reaproveitamento de resíduos sólidos como entulhos de materiais de construção é feito somente por uma empresa privada, mas que só realiza a atividade mediante contratação dos serviços de recolhimento de entulhos.
Também não há na cidade centrais públicas de triagem para o material recolhido pela empresa responsável pela coleta de lixo.
Conforme o levantamento da Ong Pé de Planta, 70% do volume de lixo recolhido em Capão Bonito são considerados recicláveis, sendo 38,82% classificado como papel e 31,41% como plástico.
O restante do lixo, 30%, é considerado como descartável e, por isso, continuarão sendo depositado no aterro sanitário.
Segundo o diretor de comunicação da Ong Pé de Planta, Diogo Fragoso, é ideia do plano de resíduos sólidos de reaproveitar 100% do volume de lixo considerado como reciclável, e para isso, em parceria com a Prefeitura, será criada uma nova cooperativa de materiais recicláveis e equipes especiais de coleta e triagem.
“Para atingir a meta municipal, vamos ter que criar uma nova cooperativa alicerçada em práticas profissionais de gestão e de compromisso com o social e o meio ambiente”, falou.
O projeto de usinas de reciclagem em Capão Bonito é promissor, não só pelo fator ambiental, o que a mãe natureza agradece, mas também pela questão econômica.
Com o reaproveitamento de materiais e sua comercialização com as indústrias de reciclagem geram dividendos financeiros ao município, fortalecendo a cadeia produtiva do setor e contribuindo diretamente com a geração de emprego e renda, beneficiando principalmente os catadores cooperados, que passarão por cursos de gestão, qualificação e treinamentos sobre logística.